sábado, 31 de março de 2007

Transdelta (Comporta - Campo Maior)

16 de Dezembro de 2006

A promotora “Carla Caldeira Produções”, em parceria com o Polaris Riders Club e o apoio da Delta Cafés, organizou um mega-passeio TT, entre Comporta e Campo Maior, numa distância aproximada de 400 quilómetros, uma oportunidade rara para se conhecer a outra face do Alto Alentejo.

Sábado, 06h00. Apesar de mal se vislumbrarem os primeiros raios solares, a equipa da “Carla Caldeira Produções” já se encontrava no recinto da partida, no campo de futebol da Comporta, ultimando os preparativos para o início de mais um dia cheio de aventura, diversão, emoção, adrenalina, rumo ao extremo leste do Alto Alentejo.

Aos poucos, os participantes iam chegando. Um cumprimento aqui, um bocejo ali, um olhar ensonado acolá e muitos sorrisos por toda a parte. Frio era algo que não faltava naquela manhã, enquanto se aguardava a chegada dos “aventureiros” para dar início ao passeio, cujo trajecto foi minuciosamente elaborado pela equipa da “Carla Caldeira Produções”.

Reunidos os cerca de 100 participantes inscritos, pudemos encontrar algumas caras conhecidas, como o o actor João de Carvalho, já bem calejado nestas andanças, bem como o campeão nacional de mota 4, Luís Engeitado, que não quis perder a oportunidade de “curtir” a modalidade sem o estigma da competição...

À semelhança dos demais eventos organizados pela “Carla Caldeira Produções”, este não poderia deixar de constituir mais uma oportunidade para que os participantes pudessem disfrutar da beleza das paisagens portuguesas, passando por locais recônditos que só mesmo através da prática desta modalidade - o todo-terreno turístico - é possível conhecer. Ao longo da (longa) viagem, o “staff” mostrou-se sempre incansável no apoio prestado à caravana, nomeadamente no abastecimento de combustível e ajuda na troca de pneus já se sabe que, nesta modalidade, os furos são uma presença mais ou menos constante.

O CORAÇÃO ALENTEJANO

Comporta foi o ponto de partida para uma jornada que passou por Alcácer do Sal, São Cristóvão (apenas para “dar de beber” às máquinas). Em seguida, a caravana rumou para Évora, local onde se realizou o almoço.

Após uma deliciosa patuscada ao ar livre, a comitiva TT seguiu o seu itinerário, passando por Arraiolos, Estremoz, Vila Viçosa (a última paragem para abastecimento), São Romão, Vila Boim, São Fernando, rumando finalmente à tão esperada e acolhedora vila de Campo Maior, mesmo na fronteira com a vizinha Espanha. A chuva que havia caído em dias anteriores fez com que os trilhos apresentassem uma quantidade considerável de lama, o que, por seu turno, aumentou ainda mais o rol de dificuldades. Contudo, no dia do passeio propriamente dito, a chuva optou “por ficar em casa”, permitindo ao sol e ao frio darem “um ar de sua graça”.

Uma vez que, nesta altura do ano, os dias são mais curtos, as estrelas não tardaram a aparecer. Por isso mesmo, por volta das 18h00, ainda faltavam 100 quilómetros a percorrer, pelo que foi necessário encurtar um pouco o trajecto. A jornada havia sido dura, no entanto eram notórias a alegria, a satisfação e a felicidade de todos os participantes aquando da chegada ao destino. O cansaço havia sido superado pela sensação de prazer que a viagem proporcionou.

DE ALMA LAVADA

Depois de um um duche para revigorar as forças e “sacudir a lama”, todos se reuniram no restaurante, onde não faltaram episódios engraçados para contar. Podia-se constatar que um dia passado no meio de trilhos enlameados proporcianou boa disposição, com as gargalhadas a aparecerem um pouco por todas as mesas, resultado das histórias e peripécias contadas ao longo do serão.

Houve até quem dissesse: “o stress acumulado no dia-a-dia e as preocupações foram ficando atulhadas nos trilhos de terra solta”. “Atasquei o meu cansaço no riacho por onde passei e aproveitei também para lavar a alma”, comentou outro participante. Bem estar, diversão, aventura, companheirismo, interajuda, confraternização e camaradagem são elementos que estão bem patentes nos passeios da “Carla Caldeira Produções”, deixando uma enorme e fantástica sensação de querer voltar em breve. Por isso mesmo, até à próxima...

CARLA CALDEIRA: “Dois dias ou três apenas num”

À conversa com Carla Caldeira, ficámos a saber o quanto envolve o trabalho por parte da produtora. “São muitas horas a planear os percursos, que são alterados várias vezes (de acordo com as condições metereológicas), tudo para conseguir compactar um evento de dois dias ou três apenas num”, explicou-nos. Carla Caldeira fez deste passeio “um balanço bastante positivo”, realçando “a sintonia entre todos os participantes”. Para finalizar, ficou também a promessa de “novos desafios” no sentido de corresponder ainda mais às expectativas de todos os que a acompanham há já longos anos.

João Nabeiro hospitaleiro: “Saber receber bem”

À chegada a Campo Maior, João Nabeiro, administrador da Delta Cafés, recebeu a comitiva de forma bem calorosa e hospitaleira, tendo referido a extrema importância que este tipo de eventos transporta para a vila de Campo Maior, onde o “saber receber bem” se torna o lema deste concelho do Alto Alentejo, que “gosta de acarinhar quem anda pelas outras bandas do nosso País, bem como divulgar maneiras de estar e culturas”.

"Normalmente, os campomaiorenses gostam dizer 'a minha casa é a tua casa'", frisou João Nabeiro, lembrando que a localização de uma empresa com a envergadura e imagem de marca da Delta Cafés no longínquo Campo Maior materializa essa máxima, pois foi lá que “nasceu” e ali está sedeada, sendo o grande empregador desta zona do Alto Alentejo.

(A esmagadoria maioria dos textos foi retirada do site da CC Produções)

Para outros exemplos de raça latina por terras do Alentejo consultar este link.

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